Mensagens

A victory for «We The People»

Imagem
Fez-se história nos Estados Unidos da América. O mundo vibrou com estas eleições presidenciais e creio não ser motivo para menos.  Joe Biden tornou-se o candidato com mais votos de sempre - mais de setenta e cinco milhões de boletins. Neste ato eleitoral tão determinante para o futuro de todos, provou-se mais uma vez que a democracia funciona. O povo americano assegurou-se que a sua voz era ouvida e colocou um travão ao ódio, ao populismo, à divisão e à infantilidade. Mas nem tudo é um mar de rosas... Fonte: Los Angeles Times A vitória de Biden não teve uma margem tão larga como a esperada quer pelas sondagens quer pelo próprio Partido Democrata, evidenciámos um país profundamente divididos em duas nações - se por um lado o democrata foi o que teve mais votos em toda a história, Trump ocupa o segundo lugar desse ranking . O discurso inflamatório do atual presidente, como o disparo constante da acusação de fraude eleitoral sem quaisquer provas, são uma jogada psicológica típica de p...

Brígida Cruz, a mulher de duas caras

Olá queridos amigos, Como me foi pedido falo-vos um pouco de Brígida Cruz, uma senhora altiva, relativamente jovem, deve ter os seus 30 anos, na sua casa só habitam meninas que vêm para Lisboa estudar e não têm como pagar a sua estada divertindo por isso outros jovens com 'histórias' deleitantes. Ninguém sabe de onde vêm tais contos, todos parecem iguais mas o mais importante é que todos caiem. Apesar disso, Brígida tem um coração de ouro, não é capaz de ver ninguém sofre r.   A inda no outro dia ao passar pelo Chiado vi -a  sentada ao lado de um mendigo perguntando-lhe se quereria comer, mas ele não lhe respondeu .  Ela, delicadamente, levantou -se e foi à Brasileira, local fino onde só as pessoas abastadas podem conviver .   T odos a conheciam , e ficaram admirados com o seu pedido .   E ra um PAPO SECO com MANTEIGA, algo que normalmente não se pede na pastelaria de Fernando Pessoa, mas bem , ela não se importou e voltou a descer a rua e reencontr...

Um Sorriso

Um sorriso muito nos revela, Desde ódio até amor… Mas mal te vi, Revelas-te o que tu eras para mim Revelas-te amor mal colocaste Tua mão na minha, Senti um flamejante ardor E logo comecei a imaginar Nossas vidas… Com isto eu tremi insensatamente, Mal tu percebeste, Colocaste o teu braço em torno do meu rosto, E diste que estavas ali só para mim… Por isso todos os dias sonho Contigo e me sinto protegida… Brígida Cruz

Gato Mago

Gato Mago ¡Arre, que não podia mais! O pobre Mago saíra das ondas sem saber quem era, para onde ia, nem como lá chegara. Desembarcou numa praia perto da cidade e, ao sair do mar, sentiu a areia lamacenta nas suas patas e todo o peso do seu pelo molhado. ¡Arre, que não podia mais! O pobre gato quase rastejava. Não recordava o porquê de tantos males terem recaído sobre si. Naquele momento, ansiava conseguir voltar a casa. Não demorou muito até que encontrasse a moradia de um pescador que, depois de alimentá-lo, o despediu. As ruas estavam escuras. O vento frio soprava forte. Mago correu para o centro da cidade sem ter noção do tempo. Procurava calor na madrugada, porém em vão. A cidade estava vazia e calada. Apenas a lua a iluminava. De repente, notou que o luar e a sequência da altura dos prédios eram cada vez menores, deixando-o à mercê dos seus outros sentidos. Foi então que descobriu um lugar que lhe pareceu confortável para se deitar. O sítio era gélido, levemente incli...

Camões e a cultura- passado, presente e 'futuro'

Imagem
Camões, homem da nossa língua que deu horizontes a algo que se pensava impossível, nos mostra a importância e a valentia das letras e o quanto elas não devem se subjugadas ao "vil metal". Na sua grandiosa obra Os Lusíadas mostra-nos aquilo que ainda hoje vemos, o não haver um verdadeiro cuidar das artes. Este é um problema crónico nacional, e cada vez mais global, pondo em causa , a humanidade. O olhar sobre a cultura tem de mudar! Não só para se ter cidadãos cultos, mas para preservar a História, como muito bem o faz. Hoje, já como em tempos áureos, deparamo-nos com a classe que dá "novos mundos ao mundo" mergulhada na miséria e tudo isto por uma enorme falta de investimento naquilo que temos mais de nosso, a cultura. Quem é o povo sem cultura? A vida não deve ser nada mais nada menos que um permanente questionar sobre o mundo compreendendo o tão "fraco humano", que por si só cai para o mais fácil, deixando-se por isso corromper. É i...

Livro de anedotas

Estão a ver aqueles livros que têm uma anedota por cada dia do ano? Vou-vos contar a de 8 de junho. O Sr. Deputado Rui Rio entra num bar e diz: «Não há racismo na sociedade portuguesa!» É uma piada curtinha. Hilariante, não é? Nem por isso. Na verdade, é bastante infeliz. Os nossos políticos ignoram este tipo de problemas, tal como ignoram as mais diversas atrocidades aos direitos humanos por parte da China, da Venezuela, tantos outros, enquanto papam os bons negócios e relações. Outros, para além de ignorar, ainda negam - ou dizem que em Portugal não há racismo, ou que o massacre na praça de Tiananmen é uma farsa... (Não se iludam, agora o assunto na boca do mundo pode ser um, mas a hipocrisia e o aproveitamento estendem-se a todo o espectro político).  Nos Estados Unidos da América, a violência policial e o racismo mantêm-se, ou até aumentam, de ano para ano. As forças de autoridade continuam resistentes a qualquer tipo de reforma e mudança. Para além disso, as várias administraç...

O anel do Cabeça de Alho Xoxo

Na ocasião em que o, até então, Paulo, perdeu o anel e ganhou o nome de Cabeça de Alho Xoxo, estava eu presente e sei contar tudo. Não sei como a notícia passou de boca em boca em cinco minutos. Era a tia a ligar para a sobrinha, a sobrinha a ligar à amiga, a amiga ao cunhado, sucessivamente, ¡um ‘telefone estragado’ sem fim! Só se ouvia dizer no bairro que o carteiro tinha perdido o anel de ouro. Paulo, por ser quem entregava as cartas no Beco das Sardinheiras, de tão popular que era, parava em todas as casas e punha a conversa em dia. ¡O anel podia estar em qualquer lado! ¡Para além de ser um anel tão pequeno que caberia no meu dedo mindinho do pé! O bairro foi revisto de ponta a ponta. Supondo que tivesse sido furtado, o carteiro convocou o beco para discutir o assunto. Enquanto o sujeito falava, só se ouvia: - ¡Tanto pexi no mar e nós aqui atrás de sardinhas! O Manecas e o Mota Cavaleiro, que tinham acabado de chegar e não sabiam o sucedido, ao verem aquela mul...