Camões e a cultura- passado, presente e 'futuro'


Camões, homem da nossa língua que deu horizontes a algo que se pensava impossível, nos mostra a importância e a valentia das letras e o quanto elas não devem se subjugadas ao "vil metal".

Na sua grandiosa obra Os Lusíadas mostra-nos aquilo que ainda hoje vemos, o não haver um verdadeiro cuidar das artes. Este é um problema crónico nacional, e cada vez mais global, pondo em causa, a humanidade. O olhar sobre a cultura tem de mudar! Não só para se ter cidadãos cultos, mas para preservar a História, como muito bem o faz.

Hoje, já como em tempos áureos, deparamo-nos com a classe que dá "novos mundos ao mundo" mergulhada na miséria e tudo isto por uma enorme falta de investimento naquilo que temos mais de nosso, a cultura. Quem é o povo sem cultura?

A vida não deve ser nada mais nada menos que um permanente questionar sobre o mundo compreendendo o tão "fraco humano", que por si só cai para o mais fácil, deixando-se por isso corromper. É isso! Atualmente, ninguém olha ao outro, sem ter vontade de ser o primeiro a ser servido, ou sem entender de que modo o outro nos pode ser útil.

A arte tem de ser isto mesmo, uma constante reflexão crítica sobre o envolvente, não há nenhuma composição no mundo que seja totalmente desprovida de sentido prático, por mais romântico que seja. Tudo nos transmite os gostos da sua. Estamos sempre em permanente crítica.

Por isso, hoje e sempre digo, de tudo o que se escreve nada está perdido.

Filipa Coelho

Comentários

António Souto disse…
"de tudo o que se escreve nada está perdido"
Não seria tão otimista. Só dos Grandes!
A. Souto

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