Crónicas da pandemia - desconfinamento e negócios da China (parte 2)

Com o fim do estado de emergência em Portugal no primeiro fim-de-semana de maio, foi oficial: erradicou-se a COVID-19 do país. Toca a desconfinar!

Passados quinze dias em estado de normalidade calamidade, muita gente tem levado o termo «desconfinamento» à letra. Depois de longas negociações entre o Governo e o vírus, o bicho lá se comprometeu a não atacar em grupos com dez pessoas ou menos, pelo que os ajuntamentos dentro desse limite são agora permitidos - e claro, podem-se roçar todos uns nos outros!

Na Costa de Caparica, por exemplo, os média têm noticiado a presença de banhistas nas praias, o que vai «contra as medidas impostas»...  Olha, cá para mim, essa malta é que fez bem. Andou-se a gastar milhões em reposições de areia, e agora não se pode ir à praia? Há que dar uso àquilo! E mais: as restrições que aí vêm para a prática balnear são tantas, que muitos já aproveitam para ir lá deixar o chapeuzinho e a cadeirinha, fica o lugar marcado. Sensatez, meus amigos!

Entretanto, saiu mais um episódio da série Negócios da China. Lembram-se daquela compra, por parte do Governo, de material de proteção individual por ajuste direto, que era de «caráter urgente», mas afinal o prazo de execução era de 268 dias? As máscaras que de lá vieram têm certificado falso! Torna-se fácil escrever crónicas... Mas não se aflijam - o secretário de Estado da saúde já garantiu que o pagamento não será efetuado enquanto não se esclarecer a situação. Ficou também assegurado que Mário Centeno já está amarrado dentro de uma cave sem contacto com o exterior, não fosse o homem a correr pagar o material sem conhecimento de ninguém...

Enfim, não se esqueçam que há que continuar a ter cuidado e a levar isto muito a sério.

João Miguel Simões





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